8 de agosto de 2012

porque pausa também é caminho...

um bilhete de retorno...


(fonte: blogdotibetao.blogspot.com)

"Desde sempre parece que ele fora proposto a pássaro. Mas não tinha preparatórios de uma árvore pra merecer no seu corpo ternuras de gorjeios.

Ninguém de nós, na verdade, tinha força de fonte. Ninguém era início de nada. A gente pintava nas pedras a voz. E o que dava santidade às nossas palavras era a canção do ver!

Trabalho nobre aliás mas sem explicação... tal como costurar sem agulha e sem pano. Na verdade, na verdade, os passarinhos que botavam primavera nas palavras..."

(BARROS, Manoel de. Poemas rupestres. Rio de Janeiro, São Paulo: Record, 2007, p.21.)

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