(fonte: blogdotibetao.blogspot.com)
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"Desde sempre parece que ele fora proposto a pássaro. Mas não tinha preparatórios de uma árvore pra merecer no seu corpo ternuras de gorjeios.
Ninguém de nós, na verdade, tinha força de fonte. Ninguém era início de nada. A gente pintava nas pedras a voz. E o que dava santidade às nossas palavras era a canção do ver!
Trabalho nobre aliás mas sem explicação... tal como costurar sem agulha e sem pano. Na verdade, na verdade, os passarinhos que botavam primavera nas palavras..."
(BARROS, Manoel de. Poemas rupestres. Rio de Janeiro, São Paulo: Record, 2007, p.21.)
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